Por
No dia 21 de junho desse ano a Assembleia Parlamentar do Conselho da
Europa (Pace) disse “não” à hipersexualização das crianças. O fez por
meio de uma Resolução, 2119/2016, e uma Recomendação, la 2092/2016, com
um título bem eloquente “Fighting the over-sexualisation of children”,
lutando contra a hipersexualização das crianças. Dois documentos que
esclarecem e convidam os 47 Países membros a impedir este fenômeno que
envolve crianças e adolescentes.
A Pace ressalta, por exemplo, a forma como as meninas e as
adolescentes se vestem, imitando os adultos, “expressões visíveis da
precoce sexualização das crianças.
A hipersexualização dos menores passa por meio de vários canais. Dos
jornais aos vídeo clipes de música com o 44%-81% de imagens sexuais,
desenhos animados e filmes (alguns estudos evidenciam que as personagens
femininas da Disney de hoje têm menos roupa e são apresentadas como
mais sexy do que aquelas de ontem, como a Branca de Neve e a Cinderela).
E mais, revistas para adolescentes que mostra como único objetivo de
uma mulher-menina-jovenzinha atrair a atenção dos homens e portanto
serem sexualmente desejáveis.
“O fenômeno do sexting (partilha de imagens sexualmente explícitas
por meio de dispositivos móveis ou outros meios na internet) difundido
em todas as escolas da Europa” preocupa especialmente a Assembleia
Parlamentar porque “leva a significativos traumas psicológicos”.
A Assembleia Parlamentar convidou, portanto, – com alguns conselhos
bem práticos ao final do documento – os sujeitos envolvidos e as
autoridades públicas a “desenvolver uma legislação eficaz e atuar
políticas e programas para prevenir a excessiva sexualização das
crianças.
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