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Depois do seu cativeiro na Líbia em 2011, o jovem relatou como o rezar o terço o ajudou.
Por Benedetta Frigerio
O jornalista americano James Foley, decapitado por jihadistas do Estado Islâmico (notícia divulgada nessa terça-feira, 19 de agosto), tinha sido prisioneiro em 2011 de milícias na Líbia. Preso em Trípoli, foi libertado depois de 45 dias. Após isso, decidiu escrever uma carta para a revista da Universidade Católica de Milkshake, que ele frequentava.
O jornalista americano James Foley, decapitado por jihadistas do Estado Islâmico (notícia divulgada nessa terça-feira, 19 de agosto), tinha sido prisioneiro em 2011 de milícias na Líbia. Preso em Trípoli, foi libertado depois de 45 dias. Após isso, decidiu escrever uma carta para a revista da Universidade Católica de Milkshake, que ele frequentava.
“Como minha mãe”
Nascido em uma família católica
de Boston, Foley contou: “Eu e meus colegas fomos capturados e detidos
em um centro militar de Trípoli”. Todos os dias, conta o jornalista,
“aumentava a preocupação pelo fato que as nossas mães pudessem estar em
pânico”. E mesmo “não tendo plena certeza de que minha mãe teria
consciência daquilo que estava acontecendo comigo”, Foley repetia para
uma colega que “minha mãe tem uma grande fé” e que “eu rezava para que ela soubesse que estou bem. Rezava para conseguir me comunicar com ela”. O jornalista
contou que “começou a rezar o terço” porque “era como minha mãe e minha
avó rezavam (…). Eu e Clare (uma colega) começamos a rezar em alta voz.
Sentia-me encorajado em confessar a minha fraqueza e a minha esperança
junto e conversando com Deus, em vez de estar em silêncio”.
A força dos amigos
Os jornalistas foram transferidos para uma outra prisão onde se
encontravam os prisioneiros políticos, “dos quais fui acolhido e tratado
bem”. Depois de 18 dias aconteceu um fato que Foley não soube explicar,
ele foi levado da cela pelos guardas ao escritório do guardião “onde um
homem distinto e bem vestido me disse: ‘Pensamos que talvez você
quisesse ligar para sua família’. Fiz uma oração e disquei o número”. A
linha funcionava, e a mãe do jornalista respondeu: “Mãe, mãe sou eu,
Jim”, disse o rapaz. “Estou ainda na Líbia, mãe. Perdoa-me por isso.
Perdoa-me”. A senhora, quase sem acreditar, respondeu ao filho que não
havia o que perdoar e lhe perguntou como estava: “Disse a ela que me
nutria, que tinha a melhor cama e que me tratavam como um hóspede”.
Foley acrescentou: “Rezei para que você soubesse que eu estava bem. Você
percebeu as minhas orações?”. A mulher respondeu: “Jimmy, tantas
pessoas estão rezando por você. Todos os seus amigos Donnie, Michael
Joyce, Dan Hanrahan, Suree, Tom Durkin, Sarah Fang. Seu irmão Michael te
ama muito”. Depois o guarda fez um sinal, e o rapaz precisou se
despedir.
sources: Tempi
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