quinta-feira, 22 de março de 2018

O Judaísmo Messiânico

[yeshuachai]
por Magno Lima




Definir “Judaísmo Messiânico” numa única frase é até simples, porém é necessário contextualizá-lo, caso contrário cairá rapidamente na vala comum das novas religiões e heresias.
Então, numa frase, o Judaísmo Messiânico poderia ser resumido em:
“Prática religiosa de origem judaica que reconhece Yeshua (Jesus) como o Messias prometido.”
Poderia, mas é muito mais do que isto. O judaísmo messiânico é uma prática religiosa indiscutivelmente judaica, porém, ainda sofre uma grande crise de identidade e imaturidade, são poucos os líderes e congregações sérias que se encontram atualmente e são muitos os aproveitadores.
Defendo que certamente é uma prática judaica, e por um motivo simples: ela é anterior ao judaísmo rabínico [tradicional atual] e ao cristianismo, não podendo assim ter sido originada a partir de nenhum destes.
É puramente judaica justamente porque os primeiros seguidores de Yeshua eram todos judeus e muitos eram praticantes fiéis da religião, e pelo fato de crerem na messianidade de Yeshua nunca foram acusados de apostatarem da fé de seus pais.
Naquele tempo, os calorosos debates se restringiam apenas em determinar se o homem de Natzaret era o Messias ou não. Não se discutia se tinham trocado de religião. Atualmente um judeu crer em Yeshua é porque se tornou cristão.

A Comunidade

O judaísmo tradicional, notoriamente, não reconhece de forma alguma como inspirados por Deus os livros que chamamos “Novo Testamento”.
O judaísmo possuindo apenas o “Antigo Testamento” centraliza sua doutrina no Pentateuco, a Torah.
O cristianismo, por sua vez, possui os escritos do “Antigo Testamento” em sua Bíblia, porém a base doutrinária é essencialmente estabelecida pelo Novo Testamento.
O judaísmo messiânico obriga-se a, por ser naturalmente judaico, manter a sua base doutrinária centrada na Torah, entretanto, por ter crido que é Jesus o Messias de Israel reconhece os escritos do Novo Testamento como sendo a revelação final da vontade e do amor de Deus.
É verdade que existem muitos, e certamente são a maioria de judeus crentes que estão em igrejas e sim, estes professam a sua fé em Yeshua nos moldes totalmente cristãos, vivendo quase que cem por cento apartados da realidade judaica e consequentemente da comunidade. Não é destes judeus, que continuam sendo judeus, que estamos falando. Não entrarei na questão, mas existem sim muitos judeus que vivem na ortodoxia e no meio conservador que reconhecem a messianidade de Yeshua de Nazaré.

O Novo Testamento

As Besorot Tovot (Boas Novas / Evangelho) foram pregadas primeiro aos judeus e então aos gentios.  Por volta de 1969 começaram a aparecer em Israel as primeiras sinagogas ou comunidades de crentes judeus e de lá até os dias de hoje o movimento está atualmente tornando-se mais conhecido.
A leitura judaica da Brit Hadashah (Novo Testamento) é possível por este ser um livro que foi escrito por judeus, apesar de toda a crítica tradicional judaica que o demoniza tentando descaracterizá-lo como um livro judaico, o que acarreta na impossibilidade de um judeu tradicional de possuí-lo.
A leitura/interpretação cristã do Novo Testamento pode desfigurar de tal forma os escritos que facilmente pode induzir alguém a crer que de fato é um livro não-judaico, ou anti-judaico.
Uma grande parte disto não é feita de forma velada, mas exatamente por conta da simples desconexão com a cultura judaica, o que os forçam a fazerem por vezes interpretações extremamente equivocadas, quando não perigosas (antisemitas).
Uma leitura honesta no Novo Testamento revelará uma mente hebraica por trás dos escritos.
A leitura feita pelos judeus messiânicos quanto ao Novo Testamento é especial, pois ela completa definitivamente a promessa feita aos pais [avoteinu], e assim esta leitura do “Livro das Alianças” – Sefer HaBritot, como muitos chamam o compendio Antigo e Novo Testamento, se torna é integral, sem separações ou contradições, sem, inclusive, questionar que as primeiras leis perderam a validade.
Ao contrário, elas são “L’dorotam” [para suas gerações], são observadas e praticadas, e aos judeus assimilados que se aproximam existe um sentido nato de recuperação e reavivamento disto tudo.
Viver Yeshua fará muitos destes judeus colocarem novamente um talit, serem chamados à Torah nas leituras de sábado e a participarem dos “moadim” [festividades do Senhor], coisas que talvez estivessem apenas em suas memórias infantis, quando um fez bar-mitzvah, por exemplo. Vi isto várias vezes.

A Fé no Messias

É equivocada também a idéia de que o judaísmo messiânico moderno deva ser então a “religião” original dos crentes judeus em Yeshua – e quem dirá dos gentios.
O rito moderno não o é, e não deveria ser! Algumas comunidades seguem com maior proximidade aos ritos tradicionais da sinagoga, outros farão um rito intermediário entre sinagoga e igreja.
Não há porque fixar-se no passado, como está escrito:  E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos (reformai-vos) pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Rm 12:2) .
O judaísmo em si é um sistema dinâmico, embora alguns ainda vivam como no século XV, mas respeito e conheço o motivo, ainda que não concorde inteiramente.
O movimento é novo, mas o princípio e a base da fé messiânica não o são. Não seria exeqüível recuperar o rito do Século I e utilizá-lo ou adaptá-lo na nova sinagoga de crentes.
Muitos gentios, por imaginarem ser a religião (no sentido de modo) “original”, se aproximam imaginando encontrar ali a fuga dos problemas do cristianismo atual.
Outros simplesmente não compreendem ou simplesmente o repelem, por entenderem que os ditos messiânicos estão voltando às “fábulas judaicas”, ou consideram seita, no sentido pejorativo, em razão de seguirem a Escritura, mas ainda viver no passado – na época anterior a graça (! sic). Acusações de judaizantes também não faltarão.
Do outro lado, por pensarem ser uma invenção cristã, os judeus abominam o judaísmo messiânico, categorizando-o anátema e tentando de todas as formas não o vincular com “judaísmo”.
O judaísmo messiânico moderno não é original no sentido que agora os judeus estão crendo em Jesus – isto já ficou claro acima. Sempre houve um remanescente na casa de Israel que cria em Yeshua, durante todos os séculos após sua vinda e até os dias atuais.
O que muda essencialmente é que pela primeira vez em 20 séculos nunca houve no mundo e especialmente em Israel tantos judeus de origem judaica que estão crendo. Isto sim é motivo de perturbação tanto para o cristianismo clássico como para o judaísmo.
Muitos cristãos vêem no judaísmo um escape para o que normalmente creem ser “erros doutrinários” do cristianismo e rapidamente se aproximam.
Não é tarefa deste movimento restaurar, reformar ou mesmo apontar os “erros” cristãos, porém, ao gentio que por sua conta se aproxime, a este poderá ser ensinado Torah, conforme está escrito no livro de Atos:
“Porque Moshé, desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue, e cada shabat, é lido nas sinagogas.” – Atos 15:21
Maimônides, Rabi Moshê ben Maimon, o Rambam, também concorda que um a gentio possa ser ensinado Torah, desde que este seja seguidor das leis de Noach e não sejam idólatras – os cristãos eram considerados assim por ele, autorizados a serem ensinados de Torah.
Já o cristianismo é assim por sua própria escolha. Eles escolheram o domingo ao sábado, eles tem este direito e devem assim serem respeitados.
Não somos nós os juízes deles. O compromisso fundamental do Judaísmo Messiânico está em revelar a pessoa de Yeshua como sendo o Messias e apoiar Israel, e não de se colocar como combatente dos dogmas cristãos.
E essencialmente um judeu não converte de religião ao tornar-se crente em Yeshua, quem se converte dos outros deuses e passa a crer no Criador do Universo, no Deus de Abrãao, de Isaque e de Jacó é o gentio.
O processo de conversão do judeu é de retorno (a palavra teshuvá significa sim conversão), assim como bem exemplificado por Yeshua na parábola do Filho Pródigo, tão conhecida por todos – ali é um ato de teshuvá, de retorno ao pai que o filho sempre conheceu.
Numa visão macro, todos se convertem pois todos estão destituídos da graça de Deus, mas não é neste sentido que eu digo. Um gentio não conhece este “pai”, então tornar-se-á de fato um prosélito, um convertido.
Ao crer em Yeshua como sendo o Messias, um judeu continuará crendo no mesmo Deus de seus pais. O que ele faz é receber a Oferta da Salvação, na pessoa do Messias Yeshua.

Testemunhando

 
A dificuldade de pregar Yeshua a um judeu é tamanha que alguns “pais” da igreja chegaram ao cúmulo de os amaldiçoarem ou numa tentativa mais branda, mas igualmente terrível de dizerem que “os judeus são o povo escolhido, não precisam de Jesus”. A história tem provado e a Escritura mesmo atesta que o melhor pregador de Yeshua para um judeu devia ser outro judeu. Infelizmente nem sempre isto será possível e se um gentio experimenta apresentar o Messias a um judeu, mas sem preparo, poderá causar um dano muito grande (1Cor. 9:20).
Israel tem um chamado que é irrevogável e este chamado é amplificado aos crentes judeus em Yeshua, para estes dias. Porém, há dois que testemunham diante do Altíssimo sobre o Redentor, que são os gentios e os judeus crentes.
A escolha de Israel por parte de Deus é para o sacerdócio, esta escolha não está vinculada a alguma predileção particular, porém esta baseada na promessa feita aos pais de Israel (Deut 7:7-8). Além da escolha para sacerdócio, de Israel viria a salvação da humanidade, na pessoa do Messias.
Numa das declarações da Sinagoga Ahavat Ammi (Texas, USA), está escrito:
  • O chamado do povo judeu a compartilhar as Boas Novas (Salmos 96:1-4). Este é o chamado primário do povo judeu, que é ser luz para as nações e compartilhar as “Boas Novas” para o mundo.
  • O chamado do povo judeu, dos Judeus Messiânicos é irrevogável. Rabi Shaul declarou em Romanos 9 que Deus promete que através do Judaísmo Messiânico o povo ainda exista. Deus não dispensou os judeus ou os judeus messiânicos.
  • O Judaísmo Messiânico coloca o contexto correto do Messias Judeu de volta ao Judaísmo.  O Judaísmo Messiânico se centralizará não apenas na restauração de Israel (com a ajuda das nações), mas também da restauração dos Gentios na fé hebraica, como declarado em Zacarias 8.
Uma sinagoga messiânica não é melhor do que uma igreja e nem pior. São distintos os chamados. A igreja de Deus tem por ordem agregar tantos quantos forem, principalmente os gentios, ao Reino de Deus, esta é a sua função.
A sinagoga messiânica tem por ordem igualmente agregar tantos quantos forem, principalmente judeus, para este mesmo Reino.
São convites diferentes, com letras e tipos diferentes, porém nada impedirá se um entrar via igreja e outro na sinagoga, mas o ideal é que cada um possa julgar qual é o seu melhor lugar.
A Lei é uma e a Escritura é a mesma, e sendo respeitado a base da pregação não há problema. Um judeu na sinagoga não poderá forçar um gentio a agir como judeu, porém enquanto na sinagoga o gentio se comportará de acordo com o mandamento de Deus naquilo que é específico ao gentio e em respeito ao costume local, o inverso é totalmente verdadeiro ao judeu que resolva atender numa igreja.
A sinagoga Beth HaDerech (Toronto, Canadá) de certa forma resume a missão das demais congregações messiânicas, sendo:
  • Para prover um lugar para a oração e louvor na tradição Judaica [Sefaradita].
  • Para educar nossos membros nos princípios e ideais do Judaísmo (Bet Midrash).
  • Para prover um encontro de ciclo de vidas, dias santos, festividades, e celebração da cultura Judaíca (Bet Knesset).
  • Para agir responsavelmente como um membro da comunidade e melhorar o bem-estar dos outros (Tikkun Olam).
  • Relevar primeiramente ao povo de Israel, e também ao mundo, a verdadeira identidade de Yeshua o Messias.
  • Chamar irmãos e irmãs no Corpo do Messias para o correto entendimento das promessas da aliança de Deus para Israel e sua restauração.
  • Apoiar Israel e o povo judeu em oposição a todos atos de ódio contra eles.

A Tradição

No site da Sinagoga Shear Yaakov (São Paulo, Brasil), lemos:
  • A fé em Yeshua HaMashiach transforma um judeu em um judeu salvo, e muitos judeus assimilados ao crerem no Messias passam por um processo de desassimilação e restauração da Torah em suas vidas, trocando a antiga situação de assimilação por uma vida judaica rica e plena de significado como shomer Torah.
  • Um judeu que assim vive, observando e praticando Torah à luz da revelação de Yeshua HaMashiach é chamado judeu messiânico, e sua religião é o judaísmo messiânico. Em outras palavras, o judaísmo messiânico é a opção de judaísmo dos judeus que crêem em Yeshua HaMashiach.
Esta declaração, em especial, reforça que além da pessoa do Messias, há uma forte conexão do Judaísmo Messiânico com a Torah e consequentemente com a messorá (tradição/transmissão).
A Torah é o eixo central por onde orbita o judeu messiânico. É ensinado que no primeiro século, Yeshua era conhecido como “A Torah Viva [ou que anda]”.
Desta forma é definitivamente errada a idéia que ao crer em Yeshua (Jesus), um judeu irá apostatar de Moshé (Moisés) ou da tradição dos pais, e igualmente que irá então tentar insistentemente “converter” seus pares ao um tipo de cristianismo disfarçado.
Um judeu messiânico guarda as mitzvot de Israel, como circuncisão de seus filhos, comparecendo as Festas do Senhor, observando a kasherut (a maioria segundo a orientação bíblica), é sionista, atendem ao Tzahal (quando vivendo em Israel). Em fim, vivem como judeus normais.
Normalmente a autoridade que irá legislar um judeu crente em Yeshua será a própria Escritura. O Tanakh e Brit Chadashá são os livros de máxima autoridade, aceitos pela comunidade crente – majoritariamente o Sefer HaBritot aceito como inspirado é o composto de 66 livros – tal qual a versão cristã evangélica.
Também, não existe uma halachá única ou específica, normalizada, mas é fato que halachá existe, de forma não normativa será sempre utilizada a halachá tradicional, estabelecida pelos rabinos tradicionais. Quem autoriza isto, de forma explícita, é o próprio Messias Yeshua, quando diz:
“Na cadeira de Moisés se assentam os escribas e fariseus. Portanto, tudo o que vos disserem, isso fazei e observai; mas não façais conforme as suas obras; porque dizem e não praticam.” – Mateus 23:2-3
Yeshua não critica os escribas e fariseus na passagem acima porque o que eles dizem era errado, era anti-bíblico, ou mesmo era “invenção de homens”, ao contrário. Yeshua indica claramente que aqueles homens tinham a autoridade de Moshé para legislar. A crítica era que não procediam conforme diziam.
Assim, na ausência de uma halachá específica, a autoridade rabínica tem total validade e é regra régia, desde que não entre em conflito com a Escritura ou a nossa fé.
A falta de maturidade do judaísmo messiânico fortalece o aparecimento de aventureiros, sejam estes pessoas se fazendo de judeus e muitos judeus sem orientação.
A existência de várias organizações internacionais de judeus crentes (MJAA, MIA, MBJI, UMJC, UMJA, etc…) ainda não consegue resolver o problema.
Qualquer um pode intitular-se “rabino”, apesar de haver atualmente um certo nível de controle, mas outros usarão outros termos, nem sempre com autorização.

Reconhecendo-o

Mashiach shel Israel
Yeshua é judeu e não poderia ser considerado diferente. Vestir com vestimentas de judeu a Jesus de Nazaré não é de forma alguma uma tentativa de enganação à comunidade judaica e nem um tipo de novo culto cristão.
Colocar a vestimenta judaica em Jesus é revelá-lo a seus irmãos, assim como José, no Egito, precisou tirar suas vestes para que seus irmãos pudessem reconhecê-lo (Gênesis 45).
Vivemos um espelho do tempo. No inicio José precisou tirar suas vestes de gentio (egípico) para que seus irmãos lhe reconhecessem e falou na língua do seu pai, deixando-os pasmos.
Agora, no fim, Jesus precisa colocar suas vestes e deixar, igualmente seus irmãos pasmos e confusos, incrédulos certamente, além de falar em hebraico e não na língua dos gentios, para ser compreendido pelos filhos de Jacó.
Tanto Jesus quando José tinham nomes que os gentios conheciam, fizeram-se conhecer então pelos seus verdadeiros nomes. Yeshua ben Yosef (Jesus filho de José).

Israel e o ser judeu

A comunidade secular de Israel em sua maioria e mesmo muitos religiosos não verificam problemas algum com os messiânicos.
Há uma certa tolerância entre alguns religiosos, entretanto na comunidade haredi  (ultra-ortodoxia) será sempre negativa.
Por serem judeus, a Suprema Corte de Israel tem parecer favorável aos messiânicos, incluindo a Lei do Retorno.
Porém, para um judeu crente declarado tentar fazer a sua aliyah está cada vez mais difícil, ao menos no Brasil, onde por exemplo o formulário padrão da Agência Judaica pergunta literalmente se você é judeu messiânico, e a resposta positiva a esta questão será o fim do seu sonho de entrar em Israel como cidadão israelense.
De qualquer forma, ser aceito ou não pela comunidade judaica não deve ser a prioridade do judeu crente, mas verifico que parece ser a prioridade de muitos gentios em busca de uma identidade. Aí é onde entra o que considero o maior de todos os problemas que já observei.
A busca de uma identidade tem causado grandes problemas, tanto para os de dentro da comunidade messiânica como para os de fora, sejam entre judeus ou gentios.
No anseio de tentarem a qualquer custo uma identificação na comunidade judaica, muitos gentios tem se tornado o que chamamos de “super-judeus”, que seriam pessoas que se parecem tanto com judeus, em todos os termos, com todos os “cacoetes” religiosos, vestimentas, indumentárias completas que até assustariam os mais ortodoxos.
Porém, é apenas aparência. Nesta ânsia por uma identidade esta pessoa rapidamente se verá desconfortável no meio que o recebeu, a comunidade judáico-messiânica.
De um dia para outro as suas críticas serão elevadas, um rigor exagerado será por ele exigido. Se ele é o líder, alguns com pensamentos iguais o seguirão, mas uma boa parte se retirará. Se não é o líder, o seu caminho será procurar algo mais “judaico-de-verdade” e certamente as sinagogas tradicionais serão seu alvo.
Ali ele experimentará e será experimentado. Muitos sem perder tempo negarão a “fé” que tinham, ou diziam ter, em Yeshua.
Se por outro lado a resistência da congregação tradicional lhe for forte demais este se tornará também rapidamente um detrator do judaísmo.
Em resumo, ou ele abandonará a Yeshua ou abandonará o judaísmo. De qualquer forma, será um forte combatente de qualquer um destes. Não é por acaso que uma das maiores vozes no Yad L’Achim é um ex-cristão!
Neste anos isto tudo me chamou atenção. Os maiores inimigos de Yeshua não são os judeus haredi, mas a mente por trás disto tudo.
Há uma força maligna sempre pronta para afastar Yeshua do conhecimento comum do judaísmo tradicional. Se não for por perseguições será por infiltração.
Na perseguição sempre nos unimos. De todas, porém esta é a mais perigosa, pois destrói por dentro não dando espaço para o livre pensamento e funciona com um alargador.
Para as comunidades messiânicas eu aconselho redobrada atenção para este tipo de pessoa, pois sua necessidade de identidade é maior do que o propósito fundamental de toda a comunidade, que é identificar Yeshua como o Messias da casa de Israel, mas o propósito é a necessidade de auto-afirmação.
Fontes de interesse:
Ahavat Ammi – http://www.ahavatammi.org
Beth HaDerech – http://bethaderech.com
Shear Yaakov  – http://www.shearyaakov.org

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