segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Túmulo de Jesus é aberto em Jerusalém

[domtotal]



Abertura foi possível devido ao estado de degradação da edícola e ao acordo entre Greco-ortodoxos, Franciscanos e Armênios, proprietários da Basílica.


Trabalhos no Santo Sepulcro devem prosseguir até a próxima Páscoa,

Jerusalém - Investigadores tiveram a oportunidade de estudar o túmulo de Jesus Cristo, o lugar mais sagrado para o cristianismo, que estava fechado desde 1555. O túmulo foi aberto na noite de 26 de Outubro, por um grupo de cientistas da Universidade Nacional e Técnica de Atenas.
Pela primeira vez desde 1810, a laje de mármore que cobre o local sob o qual se encontram os restos da pedra do sepulcro de Jesus, foi removida. O único precedente ocorreu em 1555. O evento ocorreu a portas fechadas na presença do Patriarca ortodoxo Théophilos III, acompanhado por uma pequena delegação de religiosos e cientistas, da delegação da Custódia da Terra Santa composta pelo Vigário da Custódia, Pe. Dobromir Jasztal, Padre Eugenio Alliata, arqueólogo do Studium Biblicum Franciscanum, Pe. Narciso Klimas, Pe. Enrique Bernejo, Pe. David Grenier e do arquiteto Osama Hamdam da Comissão Científica. Estava presente ainda uma delegação de armênios, liderada pelo Bispo Sévan, além dos coptas do Santo Sepulcro.
Segundo padre Eugenio Alliata, as conclusões gerais serão feitas pelos responsáveis dos trabalhos, e apresentadas no final dos trabalhos. "No entanto, algumas coisas já foram comunicadas e foi possível observá-las, porque foram chamadas testemunhas, sobretudo, para a já famosa abertura da laje superior de mármore que cobre o Santo Sepulcro", informou o religioso à Christian Media Center da Custódia da Terra Santa. 
"As novidades principais dizem respeito à descoberta da presença de uma laje inferior àquela que todos conhecem que traz gravada uma cruz que é a cruz típica do Patriarcado Latino de Jerusalém. Além disso, abaixo dessa segunda laje está a rocha verdadeira, imediatamente abaixo! Então, isso significa que a rocha original do sepulcro, o banco sobre o qual segundo a tradição Cristo foi deposto está exatamente abaixo das duas pequenas lajes que o cobrem. É alto cerca 35 centímetros acima do pavimento moderno, não sabemos quanto exatamente do piso antigo", acrescentou. 
Padre Narciso Klimas, professor de História da Igreja e da Custódia da Terra Santa, conta emocionado que a laje de mármore encontrada foi dividida ao meio e, presumivelmente, remonta à época das Cruzadas. "A posição do banco e dos restos da rocha em que foi escavado o túmulo, encontrados na parede em torno da edícola, pareceriam indicar que se trata de uma sepultura, a Arcosolio, o tipo comum de túmulos desse período, e não a Kokhim, como afirmavam alguns até agora. A confirmação será feita pelos peritos arqueólogos", assinalou.
A abertura do túmulo de Jesus foi possível devido ao estado de degradação em que se encontrava a edícola e, graças ao acordo entre os líderes das três comunidade proprietárias da Basílica: Greco-ortodoxos, Franciscanos e Armênios.
"Nem tudo pode ser verificado diretamente. O evangelho dá uma série de testemunhos muito valiosos sobre a pedra removida e também sobre a pequenez da abertura através da qual se pode olhar somente inclinando-se. A presença da rocha em torno reapareceu. Portanto, a essência do que o Evangelho diz, um sepulcro escavado na rocha, em que ninguém tinha sido deposto, e o Senhor é colocado por primeiro parece ser confirmado pelas pesquisas mais recentes", acrescentou padre Eugenio Alliata. 
Os trabalhos devem prosseguir até a próxima Páscoa, quando as comunidades presentes em Jerusalém e em todo o mundo proclamarão: "Não está aqui ... ressuscitou!". 
A12

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