Abertura foi possível devido ao estado de degradação da edícola e ao acordo entre Greco-ortodoxos, Franciscanos e Armênios, proprietários da Basílica.
Trabalhos no Santo Sepulcro devem prosseguir até a próxima Páscoa, |
Jerusalém - Investigadores tiveram a oportunidade de estudar o túmulo de Jesus Cristo, o lugar mais sagrado para o cristianismo, que estava fechado desde 1555. O túmulo foi aberto na noite de 26 de Outubro, por um grupo de cientistas da Universidade Nacional e Técnica de Atenas.
Segundo padre Eugenio Alliata, as conclusões gerais serão feitas pelos responsáveis dos trabalhos, e apresentadas no final dos trabalhos. "No entanto, algumas coisas já foram comunicadas e foi possível observá-las, porque foram chamadas testemunhas, sobretudo, para a já famosa abertura da laje superior de mármore que cobre o Santo Sepulcro", informou o religioso à Christian Media Center da Custódia da Terra Santa.
"As novidades principais dizem respeito à descoberta da presença de uma laje inferior àquela que todos conhecem que traz gravada uma cruz que é a cruz típica do Patriarcado Latino de Jerusalém. Além disso, abaixo dessa segunda laje está a rocha verdadeira, imediatamente abaixo! Então, isso significa que a rocha original do sepulcro, o banco sobre o qual segundo a tradição Cristo foi deposto está exatamente abaixo das duas pequenas lajes que o cobrem. É alto cerca 35 centímetros acima do pavimento moderno, não sabemos quanto exatamente do piso antigo", acrescentou.
Padre Narciso Klimas, professor de História da Igreja e da Custódia da Terra Santa, conta emocionado que a laje de mármore encontrada foi dividida ao meio e, presumivelmente, remonta à época das Cruzadas. "A posição do banco e dos restos da rocha em que foi escavado o túmulo, encontrados na parede em torno da edícola, pareceriam indicar que se trata de uma sepultura, a Arcosolio, o tipo comum de túmulos desse período, e não a Kokhim, como afirmavam alguns até agora. A confirmação será feita pelos peritos arqueólogos", assinalou.
A abertura do túmulo de Jesus foi possível devido ao estado de degradação em que se encontrava a edícola e, graças ao acordo entre os líderes das três comunidade proprietárias da Basílica: Greco-ortodoxos, Franciscanos e Armênios.
"Nem tudo pode ser verificado diretamente. O evangelho dá uma série de testemunhos muito valiosos sobre a pedra removida e também sobre a pequenez da abertura através da qual se pode olhar somente inclinando-se. A presença da rocha em torno reapareceu. Portanto, a essência do que o Evangelho diz, um sepulcro escavado na rocha, em que ninguém tinha sido deposto, e o Senhor é colocado por primeiro parece ser confirmado pelas pesquisas mais recentes", acrescentou padre Eugenio Alliata.
Os trabalhos devem prosseguir até a próxima Páscoa, quando as comunidades presentes em Jerusalém e em todo o mundo proclamarão: "Não está aqui ... ressuscitou!".
A12
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