sexta-feira, 10 de junho de 2016

Ex-feminista, Sara Winter: “Rezo o terço todos os dias, e é uma coisa que eu não abro mão”

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Uma pessoa simples, sincera, alegre, cheia de vida e entusiasta. Essa foi a Sara Winter que pude entrevistar nessa quinta-feira, à tarde, 9 de Junho, aproveitando a sua presença na capital do Brasil, por ocasião da Marcha pela Vida promovida pelo Movimento Brasil sem Aborto, acontecida na última terça-feira, 7.
Para mais informações www.sarawinter.com.br
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Qual é, digamos assim, a espiritualidade da Sara?

“Sou católica, fiz primeira eucaristia, crisma e fui até catequista. Me afastei do caminho de Jesus Cristo aos 14 anos e demorei quase 10 anos para voltar. Eu pratico a minha fé. Tenho amigos seminaristas, pessoas que me escutam. Rezo o terço todo o dia, que é uma coisa que eu não abro mão. A maior prática de fé, para mim, é quando pratico a caridade. Dou palestras e recolho doações para mães que querem abortar, para convencê-las a não fazer isso”.

Sua visão da política

“Eu acredito que as pessoas tem que ter um papel mais político. Eu sempre quis me envolver com política desde jovem. Eu entrei no PSC agora e tenho amigos muito bons lá dentro. Sou membro da comitiva nacional do PSC jovem e busco mostrar para os jovens a política de direita e conservadora”.
“Não sei mentir e gosto muito de jogar limpo. Me inspiro muito no Jair Bolsonaro. Ele é uma pessoa íntegra, independente do partido no qual esteja”.

“A política, sem dúvida, tem muitas artimanhas. Às vezes tenho um pouco de medo, mas ao mesmo tempo gosto muito dos desafios porque quero conservar a integridade moral até o fim da minha vida”.
“Quando eu estava na esquerda eu achava que toda pessoa de direita era fundamentalista, radical, que queria obstruir a verdade do outro. Depois que fui conhecendo mais me dei conta de que não é bem assim”.

Sobre a ideologia de gênero

“Eu acho inadmissível ensinar ideologia de gênero para crianças. Na minha opinião esses assuntos devem ser tratados pelos pais, pelas famílias. Escola nenhuma deve se envolver nessas questões”.

Ideologização da juventude

“O período da adolescência é quando começamos a nos interessar nessa ideia de mudar o mundo. Aí é quando os partidos de esquerda se aproveitam e promovem as suas pautas contra a vida, família. Eu também fui jovem e fui iludida por estes movimentos e posso contar um pouco da minha história para as meninas de hoje saírem dessa. No fundo, esse movimento feminista não têm interesse de ajudar as pessoas. Só querem instrumentalizá-las”.
“Quando vejo os jovens ideologizados fico muito triste porque sei que estão doentes, usam viseiras de cavalo, não conseguem enxergar além disso. A questão é que quando os movimentos não os acharem mais úteis serão descartados”.

Uma direita mais proativa

“Os esquerdistas brigam muito entre si, mas não deixam as pessoas saberem disso. A direita, por outro lado, deve ainda se organizar muito, deve ser mais proativa, devemos instruir os jovens, ensinar o que é capitalismo, ideologia de gênero. Que os jovens procurem partidos políticos que os representem. A Esquerda faz peso na câmara no senado, e isso não é bom”.

Boas amizades

“O Olavo é meu pai, professor, meu avô, meu herói, meu tudo. Ele foi o responsável pela minha conversão intelectual. Quando eu era feminista lia alguns textos dele e gostava, mas dizia para mim mesma que não podia acreditar naquilo. Hoje faço o seminário dele. Ele tem sido responsável por muitas lideranças jovens no Brasil”.
“Adoro o pe. Paulo Ricardo, se Deus quiser ele que vai me casar. Ainda não tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente. Mas os seus vídeos me ajudaram muito, e não é de agora, já tem algum tempo”.

“Os meus amigos eram pessoas drogadas… Hoje estou cercada de boas pessoas, tenho muitos amigos padres. Um deles, o Pe. Augusto do Rio de Janeiro, eu dizia para ele: antes eu era a última pessoa a sair da balada, hoje sou a última a sair da Igreja”.
“Tive a oportunidade de conhecer Dom Orani, uma pessoa incrível, tive uma conversa com ele e gostei muito. Também conheci Dom Antônio quando estive no Rio de Janeiro…”.

Uma nova vida e o perdão de Deus e de si mesma

“Acho incrível essa oportunidade que Deus me deu. É uma nova chance. Uma nova vida. Eu me encontrava destruída emocionalmente. Eu fazia o que fazia e não sabia o porquê eu fazia… eu só sabia que tinha que fazer. Para você ver o nível de lavagem cerebral que eles fazem. Eu lutava e dava a minha vida por uma revolução que eu nem sabia qual era… mas eu vivia aquilo, eu respirava aquilo”.
“Muitas vezes eu pensei em largar tudo, mas eu não conseguia porque eu não tinha outro objetivo na vida a não ser lutar pelo feminismo, pelo Estado forte, pelo comunismo. E hoje em dia, se não fosse o meu filho, o meu bebê, eu não teria conseguido sair disso. Ele foi a mão de Deus agindo na minha vida. E sou grata a todas as pessoas que me deram uma segunda chance também”.
“O perdão para mim tem sido uma coisa diária. A cada dia eu me perdoo um pouquinho. Eu espero que chegue um dia em que eu consiga estar completamente livre”.
“Eu tenho certeza de que Deus já me perdoou. Eu me confessei e acredito que Deus tenha me perdoado. Eu acredito no Sacramento da Confissão e sinto isso no meu coração, que Ele me perdoou. Agora é um trabalho de algum tempo para eu me perdoar”.

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