terça-feira, 21 de abril de 2015

O câncer talvez o impeça de ser padre, mas não de realizar um sonho

[aleteia]
Por Jorge Graña

A organização “Make-a-Wish” teve uma grande surpresa



Normalmente, a infância é uma etapa maravilhosa, repleta de fantasias e sonhos. Junto aos pais, irmãos, amigos da escola e da vizinhança, a vida vai se desenvolvendo entre brincadeiras, sorrisos e pequenos deveres escolares e do lar, que vão formando a personalidade e o caráter da criança.
Mas acontece que, às vezes, esse caminho de alegria e felicidade é obstaculizado por uma doença inesperada, que coloca em risco o futuro dessa frágil criatura.
A arquidiocese de San Louis, nos Estados Unidos, deu a conhecer no último dia 8 de abril o caso de Brett Haubrich, um menino de 11 anos de idade que sofre um tumor cerebral inoperável de grau 3, e a organização Make-a-Wish (Faça um pedido) se ofereceu para realizar algum sonho do menino.
Ao invés de querer visitar um parque de diversões, fazer uma viagem, conhecer algum artista ou esportista famoso (as coisas que as crianças geralmente pedem), Brett fez um pedido inusitado: “ser padre pelo menos por um dia”.
Em uma entrevista com o St. Louis Review, o jornal da arquidiocese, Eileen, a mãe de Brett, recordou que seu filho, diante das perguntas “O que você quer fazer?”, “Aonde você gostaria de ir?” e “Você quer conhecer alguém famoso?”, não quis nada.
Foi então que lhe perguntaram: “O que você quer ser quando crescer?”. E o menino respondeu sem hesitar: “Quero ser padre!”.
A organização Make-a-Wish, que atua em todo o país com independência do governo local ou federal, dedica-se a realizar os pedidos de crianças que padecem doenças que colocam sua vida em risco, para enriquecer sua experiência humana com esperança, fortaleza e alegria.
Desde sua fundação, em 1980, ela realizou mais de 230 mil desejos ao redor do mundo. Cada desejo concedido pela Make-a-Wish é único para a criança e sua família. Existe um processo mediante o qual se indica uma criança, seu perfil é analisado e seu maior desejo é realizado.
No caso de Brett, a primeira coisa em que pensaram foi que ele poderia ajudar na missa de um sábado de manhã; então, conversaram com o Pe. Nick Smith, mestre de cerimônias da catedral de St. Louis. A resposta do sacerdote foi: “Podemos fazer algo melhor que isso”.
“Por que não organizamos a vinda dele para a Quinta-Feira Santa? Ele poderia ajudar nessa missa, que é sempre sobre a Eucaristia.”
Mas, enquanto o Pe. Smith conversava com a família, ao seu lado estava o arcebispo de St. Louis, Dom Robert J. Carlson, escutando a conversa atentamente, e começou a ter ideias: “Vamos fazer isso, vamos fazer aquilo...”, sugeria o bispo, muito emocionado.
Finalmente, Brett ajudou como acólito na missa crismal e na missa da Ceia do Senhor. Além disso, por sugestão de Dom Carlson, ele participou do lava-pés junto a outros 11 seminaristas, bem como de um jantar com eles na residência do bispo.
O Pe. Smith preparou um programa para esse dia e o entregou pessoalmente a Brett, junto a uma carta assinada por Dom Carlson. Apesar do temor do menino de errar alguma parte da missa, o arcebispo disse que Brett “fez tudo muito bem”. Para o garoto, “foi uma experiência realmente incrível".
Eileen, a mãe de Brett, disse não ficar surpresa diante do desejo do seu filho de ser padre, pois, “ele já demonstra seu amor à missa há anos, e é muito religioso; tem um bom coração e é um filho muito carinhoso”. Brett, por sua vez, contou: “Eu gosto de receber o Corpo e o Sangue de Jesus”.

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