sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

‘Relógio do Apocalipse’ é adiantado para 23h57 e humanidade fica mais perto da extinção


Integrantes do Boletim dos Cientistas Atômicos durante coletiva de imprensa sobre ajuste do relógio do fim do mundo – WIN MCNAMEE / AFP

O “Relógio do Apocalipse” foi adiantado em dois minutos nesta quinta-feira e agora marca três para a meia-noite, informou o Boletim de Cientistas Atômicos, grupo de ilustres pesquisadores que avalia a possibilidade de aniquilação da humanidade. A última vez que o relógio marcou três para a meia-noite foi em 1983, durante a Guerra Fria, quando as relações entre os EUA e a União Soviética ameaçavam o mundo com uma guerra nuclear. Agora, a principal ameaça vem do clima.
“Em 2015, as mudanças climáticas, a modernização dos armas nucleares e os exagerados arsenais atômicos representam ameaças extraordinárias e inegáveis para a continuação da existência humana”, disse o grupo, em comunicado. “Líderes globais falharam em agir na velocidade ou escala requerida para proteger os cidadãos de uma potencial catástrofe. Essas falhas na liderança política ameaçam cada pessoa na Terra”.
O Boletim de Cientistas Atômicos e a metáfora do “Relógio do Apocalipse” foram criados em 1947, para prever quão perto a humanidade está da aniquilação. Na época, a principal preocupação era o uso indiscriminado de armas nucleares, que demostraram seu poder destrutivo dois anos antes, em Hiroshima e Nagasaki. Desde então, o relógio foi ajustado apenas 18 vezes, variando de dois minutos para a meia-noite, em 1953, a 17 minutos para a meia-noite, em 1991. A última vez que o relógio foi ajustado foi em 2012.
O comitê responsável pelo relógio é formado por diversos cientistas, incluindo 17 vencedores do Prêmio Nobel.
O mais perto que a humanidade esteve da extinção, segundo o Boletim, foi entre 1953 e 1959, época em que os EUA e a União Soviética realizavam testes nucleares constantes. Até o fim da Guerra Fria, a situação era alarmante, melhorou no início da década de 1990, mas desde então as ameaças climáticas aumentaram os riscos de catástrofes globais.
O Globo

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