O site oficial do Patriarcado de Moscou publicou um documento intitulado “Sobre a atitude ortodoxa em relação à nova prática de abençoar ‘casais indocumentados e casais do mesmo sexo’ na Igreja Católica Romana”. Como não poderia deixar de ser, os Ortodoxos Russos rejeitam categoricamente a bênção deste tipo de casais e asseguram que com Fiducia Supplicans a Igreja Católica se desvia da moral cristã.
O texto, escrito a pedido do Patriarca Kirill pela Comissão Bíblico-Teológica Sinodal, presidida por Ilarion (Alfeev), Metropolita de Budapeste e da Hungria, apresenta algumas considerações em resposta à declaração Fiducia supplicans, publicada pela Dicastério para a Doutrina da Fé em 18 de dezembro de 2023.
“As ideias expressas na declaração ‘Fiducia supplicans’ representam um afastamento significativo do ensinamento moral cristão e requerem análise teológica”, lê-se na introdução do documento da Comissão do Sínodo. A primeira parte do texto, intitulada “Sobre o significado ‘clássico’ e ‘ampliado’ da bênção neste documento”, baseado nas considerações contidas nos parágrafos 12 e 13 da Fiducia supplicans, afirma:
O amor de Deus pelo homem não pode ser a base para abençoar os casais em convivência pecaminosa. Deus ama o homem, mas também o chama à perfeição: “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celeste” (Mt 5,48). O amor de Deus pelo homem chama-o a afastar-se do pecado que destrói a sua vida. Por conseguinte, a pastoral deve combinar harmoniosamente a indicação clara da inadmissibilidade de um estilo de vida pecaminoso com o amor que leva ao arrependimento.